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A mostrar mensagens de dezembro, 2016

Até quando?

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A pergunta não é retórica. Tem resposta e é um «até quando for preciso». Vamos ter isto até que FCPorto e Sporting estejam a uma distância considerada segura. Nessa altura vão dar-nos umas migalhas para distrair do facto de que este é já um campeonato com um prejuízo, que apenas tem precedentes no tempo da tv a preto e branco, dos favores ao regime e das fábulas calaboteanas. A diferença é que agora todos podemos ver e sentir vergonha deste estado de coisas no futebol português. Está à vista de todos e é até assumido por todos os especialistas que têm o mínimo de decoro. Mas poderão reparar que, nunca como hoje em dia, o erro faz parte do jogo... E assim a política de encobrimento continua. Basta ver como mudaram os critérios de mão na bola e bola na mão, em apenas meia dúzia de dias. Costuma-se dizer que temos de jogar o suficiente para nos acautelarmos de erros de arbitragem. Isto até faria sentido se fosse exigido a todos. O problema é que parece que apenas o FCPorto tem que li

Coladinhos

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Não era previsível esta antecipação de calendário mas o Capela abriu esta possibilidade e nós aproveitamos esta boa oportunidade de pôr pressão na frente. Não fosse mais uma sessão de andebol na luz e estaríamos provisoriamente na frente. Não fosse uma outra sessão de andebol em Alvalade e poderíamos tirar o 'provisoriamente' da frase anterior. Tem sido um ano difícil de acompanhar com crónicas. Por um lado, sinto que a equipa pode fazer mais e não o faz por ideias de Nuno que considero desapropriadas ao FCPorto. Por outro lado, temos tido demasiadas contrariedades arbitrais e a equipa tem demonstrado uma união e uma garra invulgares nos anos anteriores, sendo que esta última parte é mérito óbvio do treinador. Ontem tivemos mais um episódio do que tem sido este campeonato. Uma vitória suada, com empenho, garra e calafrios no final, perante contrariedades fortes do tempo e do árbitro. Há pelo menos dois lances de Maxi, um de penalti e outro fora-de-jogo, que são de bradar a

Um fim de semana descansado

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Por certo que já sentiam saudades de tamanho descanso. Um jogo com resultado feito muito cedo, com goleada, com golos do menino André Silva, com o fim da seca de golos no campeonato e com a perspectiva de assistir 'de cadeirão' ao clássico da tv a preto e branco. Soube bem, mas podia ser melhor. Por um lado, em Lisboa tivemos o resultado que menos nos interessava e que nos mantem à mesma distância do primeiro lugar. Por outro lado, a exibição foi pior que o resultado. É algo que acontece muito às grandes equipas: jogar pouco e ganhar. Não será normal fixarmo-nos no resultado e esquecermos o que de mau se foi fazendo. Mas há que valorizar a tranquilidade com que resolvemos esta difícil deslocação, depois do que aconteceu nas anteriores. O onze foi mais uma vez consensual, apesar de eu não me conformar com o facto de o Ruben não ser titular. Não me conformo agora e nunca me conformarei. Por muito bem que jogue o Danilo, nunca poderá atingir patamares ao nível da organiza

Grupo fraco - Parte 6

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Nuno Espírito Santo, que já tinha falhado um objectivo com a eliminação da Taça de Portugal, conseguiu agora alcançar um dos objectivos para a época, que é o da passagem aos oitavos de final da Champions League. É até um objectivo que vem traduzido nas expectativas de receitas nos orçamentos anuais, portanto é um bom resultado para Nuno e para a equipa. É óbvio que será fácil desvalorizar o feito porque todos percebemos que tivemos alguma sorte no sorteio. Não vale a pena esconder que todos antecipámos menos dificuldades e todos apontávamos para o primeiro lugar do grupo. E percebemos também que o calendário também ajudou visto que chegámos ao último jogo com a possibilidade de decidir tudo em casa e frente a um adversário em poupança. Ainda assim, é importante perceber o enquadramento e valorizar a avalanche ofensiva, demonstrada pelo segundo jogo consecutivo, e em clara resposta evolutiva em relação ao período de seca de golos que atravessámos. Este é um FCPorto a crescer numa a

Anti-crise

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Foi um grande momento no Dragão! Um momento em que um miúdo portista, em estreia, marca com aquela frieza e classe, aos 94 minutos, seria sempre um momento único e apoteose. Mas há agravantes. Aquele remate marcou a diferença entre voltar a entrar no campeonato ou abandoná-lo por completo. Foi conseguido no último minuto o que nos salvou das aflições que o habitual recuo da nossa linha defensiva, tão normal este ano, nos poderia trazer. Marcou também um raro momento de união entre as expectativas dos adeptos e as opções de Nuno. Magoa-se Otávio, entra o Brahimi. Faltam golos entra o miúdo em vez do Depoitres. Tudo opções que agradam aos adeptos, numa altura em que os desenhos já pouco convencem. Aliás, não conheço um único portista que não tenha suspirado um «Outra vez???» quando souberam que Nuno tinha dado outra palestra com desenhos... Outra agravante é a de este golo pôr a nu alguns dos paradoxos da política desportiva dos últimos anos. Esta noção absurda de que vale mais ter